Efeito neve:

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Peça do Mês de Setembro - 2011 - Estátua-estela






• Super-categoria: Arqueologia.

• Categoria: Escultura

• Sub-categoria: Mágico/Religioso

• Denominação: Estátua-estela antropomórfica

• N.º Inv. 976/MRF/NcARQ/695/09

• Descrição: Estátua-estela de granito. Representação antropomórfica com vestuário em estola, armada de punhal e decorada com colar. Escultura com duas faces principais paralelas, com os braços e a cabeça reduzidos à sua parte adjacente ao corpo, com o contorno do tórax esquematicamente marcado, sugerindo uma cintura, e com a parte inferior reduzida à forma simples de laje afeiçoada e adelgaçada. A face do anverso apresenta um aspecto mais rugoso, contrastando com a face do reverso que surge mais lisa e polida. Daí que poderemos estar perante um reaproveitamento e dois momentos de confecção. Por último surgem duas linhas paralelas a cortar a área do colar, constituindo a figuração da correia da arma que se encontra disposta na vertical na face do lado direito, podendo ser um punhal ou espada curta que se encontra embainhada. Na face do reverso encontra-se, na vertical, ao centro, em relevo um motivo subrectangular, que alarga para as extremidades, terminando de forma rectangular. Este motivo poderá tratar-se da parte de trás da bandoleira, constituída por uma espécie de suspensório para impedir o deslizar da arma ou também poderão ser símbolos de autoridade que se usariam ao pescoço e sobre o peito.





• Época: Idade do Bronze; 1800 a. C. – 700 a. C. aprox.

• Matéria: Rocha granítica leucocrata, de textura fanerítica equigranular de grão médio

• Medidas: Alt. – 161 cm

• Historial: Este tipo de peça arranca, grosso modo, do fim dos tempos neolíticos, e abarca uma época em que a introdução da metalurgia provoca uma mutação cada vez mais profunda nas sociedades, o que irá conduzir a uma maior importância da figura humana e do indivíduo, em especial do chefe militar, sobre o conjunto da colectividade e como protecção do território contra ataques exteriores, patente na evolução dos rituais funerários e na representação das estátuas. Parece ser um sintoma de hierarquização das sociedades no sentido de consolidação dos chefados.

• Data de incorporação: 1976

• Procedência do achado: Carreira da Pedra, freguesia de Faiões, concelho de Chaves.

• Circunstâncias do achado: A peça foi encontrada na Veiga de Chaves, na "Carreira da Pedra", a cerca de 200 m da encruzilhada (Cruzeiro) de Faiões, quando se procedia ao alargamento do caminho vicinal que liga Faiões à Veiga. Posteriormente, os rapazes da aldeia levaram-na para o campo de futebol local, onde foi implantada verticalmente no solo, de modo a enfeitar o campo, adornada com uma cabeça em cimento e pintada a preto nos colares, incluindo a data de 1975, e a amarelo na estola. Aí permaneceu durante cerca de 1 ano, servindo de amuleto aos jogadores para dar sorte nos jogos de futebol. Posteriormente algumas entidades de Chaves, como o então Presidente da Câmara, Sr. Tenente Videira, Dr. Montalvão Machado e Dr. Mário Carneiro tiveram conhecimento da peça e trataram de a transladar para o Museu.

• Localização: Núcleo de Arqueologia e Pré-História do Museu da Região Flaviense.




Todos os meses, o blogue do Museu da Região Flaviense tem uma peça do seu espólio em destaque, para que possa conhecer melhor a nossa colecção museológica.


Visite também a peça em destaque dos meses anteriores.


___________________________________________

 
Para que possamos melhorar contamos com a sua opinião, envie-nos as suas sugestões ou comentários para o nosso e-mail.